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Suelen Scop

Inovação

Recentemente assisti uma palestra do Renato Santos, consultor do SEBRAE há mais de 20 anos, coautor da atual versão do Empretec e ex-conselheiro do programa “Aprendiz”. O tema da palestra era inovação e tinha como foco o público de microempreendedores e pequenos empresários.

Ele bateu muito forte em duas teclas: a primeira é que a pessoa não precisa necessariamente fazer algo grandioso para inovar, que a inovação pode ser pequenos passos dados pelo profissional no intuito de melhorar algum processo, produto, serviço etc.; a segunda é que a empresa tem que buscar ser diferente por alguma característica específica que não o preço, porque quem compete e se diferencia somente pelo preço dificilmente consegue inovar ou se destacar. Não quer dizer que o preço não possa ser uma estratégia, mas com o mercado cada vez mais exigente, outros pontos também precisam ser considerados.

Um dos exemplos que ele deu foi de uma panificadora, que para aumentar as suas vendas colocou wi-fi gratuito na loja para quem passasse a seguir a padaria no twitter. Quando conseguiu um certo número de seguidores começou a postar na rede algumas frases sobre seus produtos, como por exemplo “fornada quentinha de pão saindo em 5 minutos”. Os clientes passaram então a acompanhar as postagens e ir até a padaria em diferentes momentos do dia em busca dos produtos divulgados. Foi uma estratégia simples que rendeu ao proprietário visibilidade e crescimento.

Conseguimos observar nesse exemplo que a inovação realmente não precisa ser um super projeto. O importante é buscar alternativas, criar algo novo, mudar a maneira de fazer, se reinventar. Muitas vezes a nossa zona de conforto não nos permite isso. Sobre isso, o palestrante Renato reforçou que se você está fazendo um processo exatamente da mesma maneira como fazia há cinco anos, tem alguma coisa errada. Afinal, em cinco anos a gente aprende muita coisa, a tecnologia evolui, novos métodos são criados, nossa visão muda, então não tem por que fazermos uma atividade exatamente igual como fazíamos antes.

Isso me fez refletir um pouco sobre os meus processos de trabalho inclusive. Como inovação é um dos valores da Singulari, nós realmente nos preocupamos com os nossos serviços e buscamos sempre as melhores práticas do mercado. Mas ainda assim fiquei pensando nas atividades que realizo e encontrei alguns procedimentos básicos que ainda faço praticamente da mesma forma como fazia há cinco anos. Ou seja, tenho oportunidade de evoluir no desenvolvimento dessas atividades, inovando-as de alguma maneira. E você, tem algo que ainda faz do mesmo jeito?

Deu para perceber que a inovação pode – e deve – andar ao nosso lado, não é mesmo?

Suelen Scop

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