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Rebeca Nogueira

Tite: futebol e liderança

Bem amig@s da Singulari, depois de um período de recesso dessa que vos escreve, voltamos a nossa programação normal. E na busca para o tópico do blog de hoje me lembrei de uma entrevista que assisti justamente nesse período de recesso. O entrevistado era Adenor Bachi, mais conhecido como Tite, o atual técnico da seleção brasileira.



Meus conhecimentos futebolísticos são próximos a zero e não foi a explicação do sistema de jogo que Tite deu na entrevista que me interessou, e sim o modo de se expressar e falar sobre a equipe e os conceitos de liderança demonstrados. Me interessaram o suficiente para pesquisar um pouco mais sobre sua carreira e comportamento. Para isso recorri aos universitários (mestrandos), vulgo meu irmão Lucas, para ter mais alguns inputs sobre o assunto.


Tite apresenta um perfil de liderança muito interessante, é coerente nas colocações e entende que o conjunto é mais importante que a unidade. Abaixo reuni alguns pontos relacionados a essa liderança que acredito ser de grande valia para todos.

  • Desenvolvimento contínuo: Em 2014 Tite tirou um período sabático com o intuito de se aprimorar enquanto técnico. Foi à Europa acompanhar in loco as partidas dos times de lá, reuniu-se com os técnicos. Estudou, leu, (re)assistiu aos 64 jogos da Copa com o intuito de entender e analisar melhor as estratégias de jogo. Toda essa preparação o auxiliou a estar pronto para quando fosse chamado a assumir a seleção.

  • Valores: Ao assumir a seleção em 2016 deixou claro já na 1ª coletiva quais seriam os valores que o guiaram/guiam/guiariam ao longo do caminho – Democratização, Modernização e Transparência – e tem sido fiel a eles desde sempre. É reconhecido por todos principalmente quanto à sua transparência com os stakeholders (jogadores/imprensa/diretoria).

  • Humildade: Por reconhecer o trabalho dos que o antecederam, o tamanho do desafio e da realidade que teria que enfrentar. Não chegou com falsas promessas de que iria resolver tudo, como se fosse fácil sair da situação em que estava a seleção. Nas entrevistas que li e assisti, ele se mostra sempre muito consciente de todo o trabalho que há por fazer para que se atinja os resultados necessários. Deixa claro, também, que não é detentor de todo o conhecimento e que segue aprendendo, principalmente com seus jogadores.

  • Senso de equipe: Em diversas oportunidades Tite reforça a importância do todo. Entendendo a qualidade técnica individual dos jogadores e o potencial de contribuição de cada um para o todo. Em suas palavras o papel dele é “potencializar o melhor caminho da equipe”, ou seja, desenvolvê-los. Esse é o grande papel do técnico/líder.

  • Perfis de liderança: Por entender que não existe um único perfil de liderança, Tite trabalha com um modelo de rodízio de capitães da equipe. Dessa maneira ele reforça, de maneira positiva, que cada um pode ser líder independente de ter perfil mais técnico e/ou comportamental. Mostra ainda que “todos tem uma responsabilidade em cima da performance do grupo”.

  • Autoconhecimento: O atual técnico é muito consciente da sua capacidade, do quanto se preparou ao longo de sua carreira para chegar até esse momento. E demonstra isso sem arrogância.


Confesso ter ficado bem contente depois de ter assistido à entrevista do Tite e esperançosa pelos resultados da Copa. Deixando beeeeeeem claro aqui que minhas impressões estão ligadas ao perfil de gestão dele. Já a parte de 4-1-4-1/4-4-2/4-2-3-1 eu deixo para o mestrando analisar.


Vamos torcer!!

Rebeca Nogueira

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