Zona de conforto: a importância de deixá-la.
É comum, em nosso meio profissional, ouvirmos frases como “é preciso sair da sua zona de conforto”, “isto só é possível se for além da zona de conforto”, “fulano conseguiu resolver porque saiu da zona de conforto dele” ou coisas semelhantes. Mas não ouvimos falar em sair da zona de conforto apenas no âmbito profissional. Ouvimos também em diversas outras situações do nosso cotidiano, em outros meios em que vivemos.
Esta semana mesmo estava na igreja e ouvi por várias vezes sobre a importância de sairmos da nossa zona de conforto, de nos doarmos um pouco mais uns pelos outros, de nos empenharmos mais para fazer e compartilhar o bem. Ou seja, no trabalho, na faculdade, na igreja, nos encontros familiares, em qualquer que seja o meio, precisamos realizar atividades que nos tirem da nossa zona de conforto. Mas o que seria exatamente sair dessa tal zona de conforto? Aliás, como identificar, primeiramente, qual a minha zona de conforto? Talvez identificar a nossa zona de conforto seja a tarefa mais fácil. É só pensarmos em atitudes diárias que nos deixam em uma situação de bem estar e segurança; em pensamentos e comportamentos que não nos deixam agir de forma diferente pelo medo de dar algo errado. Essa é a nossa zona de conforto.
É fácil então identificarmos quando estamos com medo de sair daquela situação tranquila. O difícil é realmente o fazer acontecer, é mudar de atitude, é agir de maneira incômoda, é sofrer por determinada situação, mas é, acima de tudo, conseguir realizar atividades que antes não realizaríamos. Pois, se não sairmos da nossa zona de conforto, não sairemos no nosso lugar.
Por isso é sempre importante ter em mente que sentir-se seguro pode ser agradável, mas não podemos deixar que essa segurança faça-nos pessoas inertes. Sair da zona de conforto implica, com certeza, em certo incômodo. Mas é importante entender que apenas dessa forma conseguiremos alcançar objetivos e atingir resultados.
Escrever um texto, elaborar uma análise crítica, estudar filosofia, fazer natação, são exemplos de atividades que podem ser difíceis para algumas pessoas, mas será enfrentando-as e realizando-as que estas pessoas conseguirão desenvolver estas competências, ou seja, é necessário que deixem sua zona de conforto para que possam se desenvolver.
Buscar novos desafios, correr riscos e assumir novas (e, cada vez, mais) responsabilidades são, então, atitudes fundamentais para que possamos nos desenvolver continuamente, seja como pessoa ou como profissional. Desta forma, sair e conseguir operar fora da zona de conforto significa proporcionar para nós mesmos a oportunidade de realizar algo diferente, avançando e melhorando sempre nosso desempenho.
Suelen Scop de Ávila